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Segunda edição do Super Conexão Positivo aconteceu no auditório da FESP, na manhã de sábado (13)

Por Gabrielle da Cruz Cordovi | Agência de Comunicação ACCIO.

“Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”. A frase, que faz referência a história de Alice no País das Maravilhas, serviu como reflexão aos adolescentes do Colégio Positivo, que estão vivenciando a transição do ensino médio para o superior.  Eles participaram, na manhã de sábado (13), da segunda edição do Super Conexão, evento organizado pelo grupo Positivo, em parceria com a FESP.   

O bate-papo foi mediado pela jornalista Angela Domit e como convidados especialistas, estiveram presentes: Jacir Venturi, vice-presidente do Conselho Estadual de Educação, e José Pio Martins, economista, ex-reitor da Universidade Positivo e comentarista econômico da rádio CBN. 

O encontro, que aconteceu no auditório da FEP, foi aberto também à comunidade, contando com a participação de alunos de escolas públicas, acompanhados dos pais. Para a abertura do evento, o economista José Pio Martins recorreu à filosofia socrática, gerando a seguinte reflexão: como viver? Apesar de não encontrar uma resposta imediata, Martins orientou aos jovens sobre a importância de saber cuidar do corpo, como um templo.

Tendo isso em mente, o economista compartilhou da filosofia de Ortega y Gasset para que os estudantes entendessem que a vida nos é dada, porém não nos é dada pronta. Esta concepção filosófica serviu para direcioná-los no âmbito acadêmico, profissional e pessoal.  

“O sujeito que domina bem o idioma, a matemática e a ciência, o raciocínio lógico e o pensamento analítico aprende qualquer coisa”, salientou. No entanto, entende que a idade para a escolha da profissão é cruel. Ele acrescentou ainda que a escolha não deve ser compreendida como uma sentença, afinal é possível alterar a rota no decorrer do trajeto.

Dentre as orientações, o professor apontou as habilidades que o mercado espera do atual profissional, tais como: conhecimento técnico, cultura geral, habilidade de relacionamento interpessoal, trabalhar em equipe e ter capacidade para aprender. Além disso, disse que o talento do futuro está voltado para a transitoriedade. Ou seja, o profissional que transita em mais de uma área. 

 O orientador vocacional na Universidade Positivo, Jacir Venturi, corroborou com a análise do colega Pio Martins. Para Venturi, as mudanças de profissões não devem causar nenhum receio ou, mesmo, vergonha.

“Não devemos ter temor de fazer mudanças ao descobrir que não fez a escolha adequada da profissão”, ponderou. Na visão dele, diante de dilemas na escolha profissional, é preciso pedir orientação aos pais, amigos, professores e profissionais para desvendar o próprio potencial.  

 Momento da escolha

O diretor-presidente da FESP, professor Marcos Schlemm, considerou este momento da vida dos adolescentes de extrema relevância. Ele definiu como sendo: o “momento da escolha”.  

“Esse estágio da vida que eles [jovens] se encontram, considero um dos mais importantes, porque é o momento da escolha. A escolha do que você vai fazer da vida. É importante que seja uma decisão muito bem tomada”, disse o também administrador.   

Recordando o tempo de juventude, Marcos Schlemm relembrou que, à época, teve que seguir os próprios instintos no momento de optar pelo curso da graduação. Por isso, vê com bons olhos a promoção deste evento, como forma de direcioná-los à profissão que melhor se adapta às qualidades inerentes a cada estudante.

“Recordo do meu tempo, quando decidi cursar Administração, na [Universidade] Federal [do Paraná – UFPR], que não existia estes incentivos, acabei decidindo no escuro”, relembrou com certa nostalgia dos tempos de estudante.  

Já a diretora acadêmica da FESP, professora Lilian Luitz, disse que essa parceria teve por objetivo o respeito ao jovem que deseja se inserir no meio acadêmico e vislumbra uma profissão. 

“É um respeito ao jovem para que ele conheça as oportunidades do mercado de trabalho. E a FESP abre as portas, porque tem um trabalho acadêmico e social, no intuito de orientar para o melhor caminho”, enfatizou. Na concepção da professora, ter recebido um parceiro, como o Positivo, enfatiza a FESP no âmbito educacional.

Organizar, planejar, dirigir e gerir  

Durante a palestra do administrador e advogado Marcelo Loenert, professor da FESP, ele explicou aos presentes as principais funções do profissional de Administração, tanto no âmbito público quanto no privado. “O administrador tem a função dentro das empresas de organizar, planejar, dirigir e gerir”.

Ele também aproveitou a oportunidade para orientar os futuros administradores a obter o registro profissional, no CRA-PR (Conselho Regional de Administração do Paraná). “Importante obter o CRA, porque mostra que você tem um registro em um órgão de classe”.  

Para falar da atuação do conselho, ninguém melhor que o diretor de formação profissional do órgão para mostrar como funciona a atuação do CRA-PR, Fabrício Palermo Pupo. Ele apresentou exemplos de como se tornar competitivo no mercado global, tendo conhecimentos a respeito de como montar uma empresa, dirigir uma startup, trabalhar em homeoffice, entre outros aspectos.  

 Autoconhecimento para cursar Psicologia

O professor Bruno Pereira, coordenador do curso de Psicologia, começou o bate-papo com os alunos fazendo uma provocação para que pensassem na seguinte pergunta: quem são vocês?.   

Na visão do docente, o perfil ideal para cursar a graduação de Psicologia está presente nestas três características: pesquisar o mercado de trabalho, autoconhecimento e tomada de decisão. “Os alunos ficaram apreensivos com o questionamento: quem são vocês? Para a tomada de decisão, é preciso se conhecer muito bem. Quando não se conhece, o indivíduo não sabe para qual caminho seguir”, finalizou.  

A estudante do terceirão, do Colégio Positivo da unidade Vicente Machado, Giulia de Carvalho, de 17 anos, diz que a partir do 9º ano do ensino fundamental soube que desejava cursar Psicologia. Essa decisão veio com o encantamento com a disciplina de Filosofia. Em cada aula, estava mais convicta que ansiava por essa área da saúde, porque adorava entender o comportamento e a mente humana.  

 “A experiência na FESP foi muito boa, até um alívio, por conta da pressão gigante que há diariamente pela escolha da profissão. Eles [professores] estão aqui para nos ajudar a encontrar o nosso caminho”.