Convidado passa a integrar o corpo docente da instituição com a nova pós-graduação em Estudos da Felicidade e Psicologia Positiva
Para encerrar as atividades da Semana Pedagógica da FESP, o professor adjunto do mestrado em estudos da Felicidade, na Centenary University (EUA), Henrique Bueno, ministrou palestra sobre “Felicidade e Saúde Mental – Um novo mindset para a vida e o trabalho”, na noite de quinta-feira, aos coordenadores e professores da instituição.
O mundo assolado pela crise mental, como destacou o palestrante, busca por artifícios momentâneos para garantir a (falsa) felicidade. Dentre os exemplos destacados pelo professor, estão os mitos do:
- Dinheiro, que dá a sensação de felicidade no indivíduo;
- Sucesso, que gera nas pessoas uma euforia passageira.
Para entender o conceito de felicidade, ele recorreu aos estudos do filósofo grego Aristóteles, que a definiu como sendo “o desejo maior que guia todas as ações humanas”. O termo tem raízes da palavra “eudaimonia” – eu (bem) e daimon (espírito) – que, normalmente, é interpretado como “prosperidade”, “riqueza”, “boa fortuna” e “viver bem”.
Citando o renomado professor americano Tal Ben-Shahar, Bueno explicou que há três pontos que impactam diretamente na felicidade humana: as circunstâncias, a genética e o comportamento dos indivíduos. O palestrante salientou que, apesar de a genética ser um fator preponderante, ela não define o destino das pessoas, tendo em vista que o cérebro é plástico, sendo possível moldá-lo no decorrer da vida.
Diferenças entre psicologia positiva, positividade tóxica e autoajuda
A professora de Psicologia da Universidade da Califórnia (EUA), Sonja Lyubomirsky, compreende a felicidade como a “experiência de alegria, contentamento e/ou bem-estar combinado com uma sensação de que a vida é boa, tem sentido e propósito e, portanto, vale a pena”. Esta visão dela também foi citada pelo professor Bueno, como uma das definições que melhor se aproximam do entendimento da real felicidade.
No entanto, como sinalizou o palestrante, as terminologias são confundidas com “positividade tóxica” e “autoajuda”. “Positividade tóxica não existe. Nenhum estudo científico aponta que sentir sentimentos positivos está associado a coisas ruins. O fingimento que é tóxico e não a emoção em si”, enfatizou o CEO do Wholebeing Institute.
Ele ainda acrescentou que a autoajuda se diferencia da Psicologia Positiva, a partir do momento que pessoas compartilham métodos individuais de superação. Na maioria das vezes, são meios que não tem comprovação científica e difíceis de serem aplicados. Em contrapartida, a Psicologia Positiva tem fundamentação teórica e embasamento científico, para combater as mazelas sociais.