Faculdade realiza quatro dias de atividades, palestras e workshops para preparar os profissionais para o início do ano letivo de 2025
Com o objetivo de formar e preparar a equipe acadêmica para o ano letivo, a FESP realizou, dos dias 24 a 27 de fevereiro, a Semana Pedagógica. Durante esses quatro dias, direção, coordenação e professores realizaram uma série de atividades voltadas para o planejamento do ano.
Dentre as atividades, estiveram a revisão de metas e objetivos pedagógicos, discussão de diretrizes e metodologia e a construção do plano de ensino. Além disso, palestras, workshops e atividades em grupo também foram realizados durantes os dias de trabalho.
Lilian Luitz, diretora acadêmica da FESP, enfatizou que a Semana Pedagógica tem um papel essencial no fortalecimento da equipe de professores, permitindo sugestões e troca de ideias e o estabelecimento de diretrizes para atingir os objetivos institucionais.
“Temos um compromisso com o MEC em relação a cinco eixos, que envolvem gestão, planejamento, avaliação e desempenho acadêmico. Esses indicadores são fundamentais para a valorização da instituição de ensino superior”, destacou.
Ela também ressaltou que, além de contribuir para melhores resultados, a Semana Pedagógica abriu espaço para discussões importantes. “Os professores são nosso grande instrumento de trabalho. Eles fazem a diferença na sala de aula, mantêm nossos alunos e contribuem diretamente para que a FESP seja cada vez melhor.”
A Semana Pedagógica da FESP é um momento estratégico para alinhar metas, promover diálogos, discutir táticas e fortalecer a visão educacional da instituição.
24 de fevereiro: Competências Socioemocionais
Para o primeiro dia de atividades, a representante do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Patrícia Apoloni, realizou uma palestra intitulada Competências Socioemocionais – Desafios Contemporâneos.
A diretora Lilian participou do encontro e destacou a importância de discutir as competências socioemocionais não apenas no meio acadêmico e nas grandes corporações, mas também na sociedade como um todo. Segundo ela, a resiliência, a empatia e o equilíbrio emocional são fundamentais para criar ambientes mais saudáveis e inspiradores.
Ela também ressaltou que, embora as empresas contratem pela competência técnica, são as competências socioemocionais que mantêm os profissionais nelas. “Elas permitem que as pessoas sejam valorizadas, valorizem os outros e desenvolvam grandes projetos em equipe”, afirmou. Para a diretora, compreender como o outro funciona e se colocar no lugar dele é essencial para um trabalho com mais empatia e colaboração.
25 e 26 de fevereiro: aspirações da FESP
No dia 25 de fevereiro, foi a vez de reunir os professores em uma grande sala de ações, para acompanhar a evolução da faculdade e debater melhorias em cada um dos eixos principais de uma instituição de ensino. O resultado foi uma inspiradora noite, com muita participação dos professores e proposições de ideias.
Um dos pontos fortes da noite foi a abertura de espaço para que os professores apresentassem não apenas as tarefas cumpridas para a conquista do título de centro universitário, mas também propostas inovadoras que elevarão a instituição a um novo patamar.
“O núcleo de empregabilidade, por exemplo, é um fator que chama a atenção dos alunos, pois permite que eles apliquem na prática o que estão aprendendo. Esse tipo de iniciativa faz toda a diferença”, ressaltou Lilian.
Ela também ressaltou a importância do NEIC, que promove a pesquisa, a elaboração de artigos e a construção de conhecimento com aplicabilidade no mercado de trabalho. “A grande tarefa de uma faculdade é promover a pesquisa, e o NEIC é um reflexo disso.”
Por fim, a diretora enfatizou o papel fundamental do comitê de ética, especialmente diante da aprovação dos cursos de saúde pelo MEC. “Mais do que uma exigência, o comitê de ética representa o compromisso da instituição em garantir que todo o conhecimento seja aplicado de forma responsável.”
Na sequência, a quarta-feira do dia 26 de fevereiro foi dedicada ao encontro de cada coordenador com os professores de cada curso, para refinar as atividades e realizar o planejamento para todo o ano.
27 de fevereiro: um debate profundo sobre emoções
Por fim, na quinta-feira, foi a vez de uma inspiradora sessão de cinema proporcionar um debate. O filme escolhido para os professores assistirem foi Divertida Mente 2, longa da Disney Pixar que conta a história da chegada à puberdade e os sentimentos apresentados no primeiro filme – Alegria, Raiva, Tristeza, Nojinho e Medo – se deparam com novos companheiros na sala de controle, como a Ansiedade, o Tédio, a Vergonha e a Inveja. Sob condução da professora Gisele, a noite debateu os desafios de equilibrar as emoções no dia a dia, em meio à rotina acadêmica.
A história explora as mudanças psicológicas ao longo da vida, com destaque para a infância e a adolescência, fases em que as relações familiares e sociais moldam a percepção de si mesmo.
Na infância, a necessidade de aprovação da família é predominante. A criança absorve tudo ao seu redor, sem filtros, construindo significados que nem sempre são claros para os adultos. O que é dito e feito pelos pais e cuidadores fica registrado, mesmo que não seja lembrado conscientemente. Quando essas memórias ressoam na fase adulta, pode ser necessário um acompanhamento psicológico para ajudar a ressignificar alguns conceitos.
Já na adolescência, a aprovação se desloca para o grupo de amigos. A necessidade de pertencimento faz com que o jovem busque se adaptar ao que é aceito socialmente, ajustando-se na forma de vestir, falar e agir. Esse processo é natural, mas se torna perigoso quando os referenciais são negativos. O bullying, por exemplo, é um tipo de assédio moral que pode deixar marcas profundas, afetando a saúde mental e a autoimagem.
O filme também destacou como lidar com emoções complexas. No longa, a personagem Alegria tenta evitar as memórias ruins, guardando-as sem processá-las. No entanto, o acúmulo de emoções reprimidas pode levar a colapsos psicológicos. A ansiedade, muitas vezes vista como vilã, não deve ser eliminada, mas compreendida. Todas as emoções têm função e precisam ser equilibradas para um desenvolvimento emocional saudável.
Os professores debateram sobre um comportamento comum na sociedade, que tende a minimizar transtornos emocionais, tratando a ansiedade e a depressão como “frescura” ou “falta de fé”. Isso ignora aspectos biológicos e sociais e pode agravar o sofrimento das pessoas. A cultura do imediatismo também impõe uma pressão constante pelo sucesso, desconsiderando a importância do tempo e da experiência para o crescimento pessoal. Muitos adultos descobrem tarde que viveram baseados em expectativas irreais, sem trabalharem suas emoções ao longo da vida.
No ambiente de trabalho e acadêmico, essas questões se refletem na necessidade de controle excessivo, insegurança e agressividade. O medo do julgamento impede a expressão de ideias e a busca por conhecimento. Daí a importância dos professores proporcionarem um ambiente equilibrado, incentivando a autonomia emocional e profissional dos alunos. A sala de aula deve ser um espaço de reflexão, onde a escuta atenta e não punitiva tem um papel essencial.
Por fim, a responsabilidade pelas próprias emoções e escolhas foi trazido como um dos pilares do existencialismo. A professora Gisele relembrou famosa citação de Sartre, que consiste em:
“Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”. – Jean Paul Sartre
Fugir dessa responsabilidade pela própria vida leva a uma existência inautêntica, marcada por frustrações e arrependimentos. A terapia, embora dolorosa, ajuda a enxergar verdades difíceis, permitindo uma transformação real.
A reflexão final ficou por conta do agradecimento da professora Maria de Lourdes, que destacou que a cultura deve evoluir para acolher, não julgar. A noite ficou marcada pela ampliação do olhar sobre a importância de reconhecer e lidar com as emoções, não apenas na vida pessoal, mas também no futuro profissional e na sociedade como um todo.
Leave A Comment